domingo, 3 de fevereiro de 2013

Doula a quem Doer!!

Marcha Pelo Direito a uma DOULA no Parto!!
hoje na Av. Paulista!!




Hoje é mais um dia de mostrar ao povo a que viemos, e que viemos para ficar! mulheres unidas por mulheres, toda mulher merece uma doula!!! Movimento das mulheres e homens pelo direito a uma doula, em qualquer hospital brasileiro, durante o pré-parto, parto e pós-parto - AGORA na avenida paulista!!!Por Bela Josie Zecchinelli

sábado, 2 de fevereiro de 2013

A importância do colo – O conceito de continuum

 (Sling)

A antropóloga americana Jean Liedloff estudou a tribo venezuelana dos Yequana, e defende que, para conseguir um desenvolvimento físico, mental e emocional ótimo, o ser humano - e especialmente um bebê - necessita do tipo de experiência a que nossa espécie se adaptou durante uma longa evolução.

Para uma criança, seriam: constante contato físico com seu cuidador, desde o nascimento; dormir com os pais até deixar de fazê-lo por vontade própria; amamentação em livre demanda; ser levado constantemente nos braços ou de maneira que possa observar a atividade do adulto; ter cuidadores que respondam aos seus sinais imediatamente, sem julgamento; e, finalmente, sentir que cumpre as expectativas dos pais, que é bem-vindo e digno.

Segundo Liedloff, as crianças cujas necessidades "continuum" forem satisfeitas crescerão com maior auto-estima e serão mais independentes.

Leia mais em
http://www.continuum-concept.org/

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

As Doulas Entram para o CBO!!!

.... dia 31.01.2013 entramos para o CBO ( Classificação Brasileira de Ocupação) Tutelada pelo Ministério do Trabalho e Emprego: Nosso Código 3221-35
     A Doula visa em prestar suporte continuo a gestante no ciclo gravídico puerperal, favorecendo a evolução do parto e bem estar da gestante. Avaliam as disfunções fisiológicas, sistêmicas, vibracionais e inestéticas dos pacientes/clientes. Recomendam a seus pacientes/clientes a prática de exercícios, o uso de essências florais e fitoterápicos com o objetivo de diminuir dores, reconduzir ao equilíbrio energético, fisiológico e psico-orgânico, bem como cosméticos, cosmecêuticos e óleos essenciais, visando sua saúde e bem estar.Alguns profissionais fazem uso de instrumental pérfuro-cortante, medicamentos de uso tópico e órteses; outros aplicam métodos das medicinas orientais e convencionais.


"A presença de doula na sala de parto é desnecessária...'' Diz a obstetra Vera Lúcia Mota da Fonseca, vice presidente do conselho regional de medicina, em entrevista a Folha de São Paulo.

É essa mentalidade, esse tipo de profissional que faz com que as doulas sejam mais necessárias do que nunca. Se pararmos pra pensar, as doulas não são uma modinha, elas sempre existiram.

Antigamente as mulheres tinham seus filhos em casa, com ajuda de parteiras e de outras mulheres (que eram parte da família, amigas, vizinhas..) Elas pariam com apoio dessas pessoas que tinham experiência, através de seus próprios partos, e ajudavam da maneira que podiam.

Com o passar dos anos, o parto passou para o hospital, as parteiras foram excluídas, e as mulheres perderam o direito de ter acompanhantes. Após muita luta, a presença do marido virou lei (ainda que não cumprida em muitas instituições), e com a cesárea sendo cômoda, muitas mulheres passaram por cirurgias desnecessárias, tendo essa experiência do parto, tirada delas.

Hoje em dia, as mulheres que querem parto natural, não tem na maioria das vezes apoio nem da própria família. Muitas já nasceram de cesáreas eletivas ou de partos traumáticos com instrumentos invasivos como o fórceps. Seus companheiros não entendem como funciona o processo, a fisiologia do corpo humano, não sabem como podem ajudar, e se sentem inseguros, as vezes incentivam a cirurgia por ser algo mais prático.

As doulas só possuem UM interesse, ajudar as mulheres que querem parir, que elas consigam realizar esse sonho, tendo um parto com respeito e autonomia. Eu não tive uma doula, desconhecia que elas existiam, confiava na minha médica e acabei em uma cirurgia que me trouxe cicatrizes, internas e externas.
Com certeza se eu tivesse uma doula, o desfecho seria MUITO diferente. Eu conseguiria parir naturalmente? Nunca vou saber, mas eu não teria a chance de tentar roubada!

Então eu digo a Dra Vera Lúcia, que sim, as doulas podem ser desnecessária para o obstetra, mas não para mulheres. E como o parto é DELAS, quem deveria decidir isso são elas, não?

“Ter uma doula ao meu lado, foi algo imprescindível.” Luana Córdova

”Sem dúvida esse foi meu mais lindo momento de amor e a presença da minha doula, fez toda diferença.” Micheli

“Hoje vejo que se não tivesse todo o apoio e carinho da Doula e uma excelente obstetra a história seria outra” Stacy

“ A doula soube ser exatamente aquilo que eu precisava nessa hora tão delicada.” Andreika

“Agradeço por tudo, a doula foi essencial em minha tentativa de parto e cesaria humanizada. Não imaginava que uma Doula poderia ser tao importante neste momento tao especial.” Aline

“Doula querida,te ter ao nosso lado neste momento tão especial foi a melhor decisão que tomamos.” Anamaria

“Não senti em nenhum momento que a doula fosse uma pessoa estranha, pelo contrário era uma pessoa maravilhosa que estava ali somente me dando tranqüilidade e conforto.” Greici

“Quando estourou a bolsa, a doula me tranquilizou, pediu pra avisar o médico e esteve ao lado sempre, e me dizia palavras de incentivo. Depois do parto me ajudou no banho e me acompanhou a tarde toda.” Cristina

“Mesmo que a palavra OBRIGADA signifique tanto, não expressará por inteiro o quanto a doula foi importante para mim, e minha família.”
Simone

“Agradeço todo o apoio, a doula foi fundamental para que o parto trabalho de parto acontecesse como aconteceu! ” Julie

“Sinceramente, quando a minha esposa falou que iria contratar uma doula, eu perguntei, achas mesmo necessário ter mais um gasto, só pra uma pessoa ficar pouco tempo com você? (pensamento talvez machista, não sei) a unica coisa que sei agora, é que você foi de fato uma das melhores decisoes que minha esposa tomou neste período de gestação.” Sérgio – Marido da Andrielly

“A doula me deu segurança quanto a escolha do meu médico, me ajudou durante todo o trabalho sem muitas vezes eu perceber sua presença, foi e será uma grande amiga!!” Ana Carolina

(Depoimentos retirados do site www.crisdoula.com)


quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Da Maternidade EU ESPERO...

Lindo vídeo produzido por Além do Olhar e Grupo Samaúma, de Campinas... O que as mulheres esperam da maternidade? Assistam e descubram. ♥

Link do Youtube:

https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=ChmyOZOvfu8

Este video foi produzido para ser apresentado pelo Grupo Samauma no I Seminário Internacional de Centros de Parto Normal, organizado pelo OPAS - Organização Pan-Americana de Saúde - e pela Rede Cegonha.
O tema solicitado foi o que as mulheres esperam dos servicos de Maternidade.
Nosso agradecimento às famílias que participaram neste projeto com seus depoimentos e suas fotos!

Fotógrafa e vídeo maker: Vívian Scaggiante
Vídeo maker e edição de vídeo: Suzanne Shub
FACEBOOK: ALEMDOLHAR fotografia
www.alemdolhar.com.br
vivian@alemdolhar.com.br
www.gruposamauma.com.b
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segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Cama compartilhada...


O jogo hormonal entre mãe e filho na cama compartilhada
Quando dormem juntos, a mãe, ainda sonolenta, precisa auxiliar o bebê a adormecer no meio da noite após uma mamada. Mas os hormonios tranquilizantes liberados na mãe e bebê na amamentação ajudam a mãe a voltar a dormir (quem não se lembra de sentir relaxada e sonolenta após uma sessão de amamentação né?)
Ou seja, quando se dorme com o bebê geralmente não existem acordadas totais com muito choro, não existe aumento na adrenalina, tentativas de ficar acordado enquanto o bebê mama, tentativas de colocar o bebê que tava quentinho nos braços da mamães de volta no berço gelado (promovendo mais adrenalina nessa transferência de local e mais choro) e então tentar adormecer novamente, já temendo a proxima chamada para proxima mamada.

Hormonios do stress são presentes em niveis mais baixos em mães e bebês que dormem juntos, especificamente o balanço do hormonio CORTISOL, cujo controle é essencial para crescimento saudavel do bebê.

Em estudos com animais, bebês que permaneceram juntos às suas mães tinha maiores níveis de hormonios do crescimento e enzimas necessaries para crescimento do coração e cérebro (Butler, S.R., et al., "Maternal behavior as a regulator of polyamine biosynthesis in brain and heart of developing rat pups", Science, 1978, p 445-447; Kuhn, C.M., et al., "Selective depression of serum growth hormone during maternal deprivation in rat pups", Science, 1978, p. 1035-1036).
Vários estudos mostram que a fisiologia de bebês que dormem com suas mães é mais estável, incluindo temperatura, regulação de ritmos cardíacos e menos pauses em respiração que bebês que dormem sozinhos (Field, T., Touch in early development, N.J.: Lawrence Earlbaum and Assoc., 1995; Reite, M. and J.P. Capitanio, "On the nature of social separation and social attachment", The psychobiology of attachment and separation, New York: Academic Press, 1985, p. 228-238).

Dois dos maiores responsaveis desse coquetel hormonal são Ocitocina , o hormonio das ligações de afeto- tb conhecido como “hormonio do amor”, e prolactina um hormonio critico para iniciação da lactação que é chamado frequentemente de “hormonio da maternidade”. Ocitocina está envolvida em seja qual face do amor considerarmos- é liberada durante o sexo e tb foi relacionada evocar comportamento maternal se injetado em cérebros de ratas virgens.

Ocitocina sozinha é parte de um balanço hormonal complexo. Um aumento repentino de ocitocina dá motivação ao amor que pode ser direcionado em caminhos diferentes, e por isso existem diferentes tipos de amor (por exemplo, com alto nível de prolactina esse desejo é direcionado aos bebês).

Quando mulheres amamentam, por exemplo, elas recebem altas doces de ocitocina – que estimula reflexo de ejeção do leite e prolactina, que tem um efeito calmante na mãe quando amamenta. Endorfinas, os hormonios do prazer e superioridade tb são liberados durante amamentação e encorajam a mãe a repetir a experiencia de amamentar. Então endorfinas são transferidas do leite materno para o bebê, dando-lhe um senso de contentamento enquanto amamenta. Considerando que níves de prolactina são os maiores durante a noite, faz sentido considerar a proximidade com seu bebê à noite um fator importante na elevação e sentimentos de amor que a mãe sente por seu bebê. Talvez, sem a pressão de ensinar os bebês a dormirem a noite toda o quanto antes, mães poderiam apreciar as mamadas noturnas como uma oportunidade extra de ligação com seus bebês.
Observação: Como citado, a prolactina (hormônio responsável pela produção do leite) é mais produzida durante as mamadas noturnas.
Portanto, é mais do que importante manter e incentivar essa rotina de amamentar nas madrugadas para elevar a produção desse hormônio.
Bebês que são levados a dormir a noite toda desde cedo correm o risco de serem desmamados antes do tempo.
Para mães que curtem dividirem as camas com seus bebês, as pesquisas afirmam- toque e proximidade são elementos essenciais no apego entre vocês, o status hormonal que aumenta o apego é mais efetivo durante as mamadas noturnas, amamentação é mais sucessiva e continuada quando mães e bebês dormem juntos (McKenna JJ, Why babies should never sleep alone: a review of the co-sleeping controversy in relation to SIDS, bedsharing and breast feeding, Paediatr Respir Rev. 2005 Jun;6(2):134-52; McKenna JJ, Mosko SS, Richard CA. Bedsharing promotes breastfeeding. Pediatrics. 1997 Aug;100(2 Pt 1):214-9; Mosko S, Richard C, McKenna J, Drummond S, Mukai D.; Mosko S, Richard C, McKenna J. Maternal sleep and arousals during bedsharing with infants. Sleep. 1997 Feb;20(2):142-50.)

Se, mesmo com todas evidencias, ainda encontra criticismo à sua escolha (por exemplo, ouve comentarios como “ele nunca sairá de tua cama!”), acredite, seus filhos sairão de tua cama!!!
Mas lembre-se que quando entrarem na faculdade, podem muito bem estar dormindo com outra pessoa! 

Fonte: http://camacompartilhada.multiply.com/journal/item/14

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Falsos alarmes para o parto

Você está tão ansiosa para ver o rostinho do seu filho que vai achar que essa hora chegou várias vezes. Veja as situações mais comuns e o que fazer.


Ninguém me contou...
...que eu teria (muitos) falsos alarmes
Você está tão ansiosa para o seu bebê nascer que vai achar que essa hora chegou diversas vezes. Veja as situações mais comuns e o que fazer: 
Calcinha molhada: pode ser um sinal que a bolsa estourou, mas pode ser também apenas corrimento vaginal. Troque de calcinha ou ponha um absorvente e fique deitada, em repouso. Se for corrimento (tem cheiro de leite azedo e é esbranquiçado), não vai acontecer nada. Se for líquido (cheira a água sanitária e lembra água de coco), vai vazar. Vá para o hospital.
Contrações: se não forem acompanhadas de dor ou ritmadas, acalme-se. São as chamadas contrações de Braxton Hicks, comuns no fim da gestação, e causam desconforto, uma espécie de cãibra.
Sangramento: pode ser o tampão mucoso, que sai até dez dias antes do parto, ou um sangramento mesmo, com sangue vermelho vivo e o fluxo maior ou igual ao de menstruação. Nos dois casos, ligue para o seu médico.
Movimentos fetais: eles diminuem a partir da 38ª semana. Sempre depois que você comer, o bebê vai se mexer. Se você acha que ele está muito parado, fale com o obstetra.
Fonte: Ana Paula Junqueira Santiago, ginecologista e obstetra do Hospital São Camilo (SP) falsos alarmes

Medo do parto: como lidar com isto?



Tremer só de pensar em ter contrações. Achar que o bebê pode nascer com algum problema grave, apesar de o ultrassom mostrar que está tudo bem com o pequeno. Entrar em pânicoquando imagina a dor que pode sentir ou as infinitas complicações que ameaçam uma gravidez. Se você já passou por uma dessas situações, bem-vinda ao clube! Saiba que temores como esses são compartilhados pela maioria das mulheres que esperam um filho e, embora mais acentuados na primeira gestação, assombram também quem já não é marinheira de primeira viagem.
Pode parecer exagero uma vez que o avanço da medicina e dos exames de pré-natal permite hoje detectar e evitar precocemente riscos para a mãe e a criança. "Mas não é só uma questão racional. Esses medos fazem parte do psiquismo feminino", explica a psicóloga Eliane Rovigatti Gasparini, de São Paulo. Simbolicamente, eles trazem à tona questões do inconsciente da futura mãe, como receios em relação às mudanças provocadas pela chegada de um novo membro na família.
A boa notícia é que você pode romper esse círculo de ansiedade, angústia e medo. "O caminho é um acompanhamento pré-natal benfeito, muita conversa com o obstetra e acesso a informações confiáveis. Afinal, grande parte dos problemas que podem complicar a gestação e o parto é controlável, desde que a mulher siga corretamente as orientações do médico", garante a ginecologista e obstetra Alessandra Mara Palma, de Santo André (SP).
Veja quais dos medos a seguir andam tirando o seu sossego e como se proteger deles.
...de sentir dor
"Seja no sistema de saúde público, seja no particular, cerca de 80% das gestantes chegam ao consultório pedindo uma cesariana por medo de sofrer", constata Alessandra. É verdade que a dor das contrações faz parte do processo natural do nascimento, mas ela pode ser amenizada e controlada com técnicas de respiração, caminhada, relaxamento na água e anestésicos.
O que você pode fazer: desde já, matricule-se em um curso de gestante e aprenda a controlar a respiração. Na escolha da maternidade, leve em conta os recursos disponíveis para seu relaxamento durante o pré-parto, como hidromassagem e um espaço para andar. "Convocar o marido e familiares próximos para fazer companhia na hora H também ajuda a lidar com a ansiedade da reta final", afirma Eliane.
...de que o bebê tenha malformação
Os receios mais comuns são de que o bebê apresente problemas graves no sistema nervoso, como anencefalia, alterações cromossômicas, como a síndrome de Down, ou malformações de órgãos e membros.
O que você pode fazer: o ultrassom é o primeiro passo para a triagem desses problemas. Se houver motivo para desconfiar de que algo está errado, entram em cena os exames de medicina fetal, como a amniocentese, capazes de detectar com maior precisão a ocorrência de síndromes genéticas. Mas não se assuste: essas síndromes não são frequentes - o risco de Down, por exemplo, é de um caso a cada 80 gestações entre mulheres de 40 anos, mais sujeitas ao problema devido ao envelhecimento dos óvulos. O ultrassom morfológico e o 3D mostram se está tudo bem com mãos, pés e órgãos internos. "Quanto às malformações neurológicas, os suplementos de ácido fólico ajudam a evitá-las. O ideal é começar três meses antes de engravidar e continuar até o final do primeiro trimestre de gravidez", indica Alessandra.
...de não saber se chegou a hora
É natural que você fique ansiosa e tenha medo de confundir as sensações quando chegar o grande dia. Por isso, é importante aprender (principalmente no primeiro parto) a reconhecer os sinais de uma possível chegada do bebê. Ligue para o obstetra se:
· Ocorrer a perda do tampão, mucosidade viscosa que protege a entrada do útero - ela pode apresentar sinais de um leve sangramento, o que é normal;
· Sentir contrações uterinas (quando a barriga endurece) a cada cinco minutos;
· A bolsa se romper e liberar o líquido amniótico - ele é quente e tem um leve odor de água sanitária.
O que você pode fazer: para evitar atropelos, escolha a maternidade e prepare a mala cerca de um mês antes da data prevista para o parto. Deixe também o telefone do médico à mão. Assim, diante de um desses sinais, você ganha tempo, pois já sabe aonde ir.
...de que ele esteja com o cordão enrolado no pescoço
Em 20% dos casos, o bebê chega à reta final com o cordão enrolado no pescoço ou em torno do corpo. "Mas, na hora do parto, o médico desfaz facilmente essa circular após a saída da cabeça do recém-nascido", afirma a ginecologista e obstetra Fernanda Couto Fernandes, de São Paulo. Em situações extremas, se houver risco de sufocamento, uma cesárea resolve.
O que você pode fazer: basta seguir a rotina do pré-natal. Pelo ultrassom, o médico avalia se a circular está dificultando a descida do bebê pelo canal vaginal e age antes que a oxigenação dele fique comprometida.
..de perder o bebê
Se foi tudo bem na gravidez, é difícil algum imprevisto ameaçar a criança no nascimento. Uma complicação perigosa e que pode pegar a equipe médica de surpresa é a vasa prévia, na qual há o rompimento dos vasos que ligam a placenta ao feto. Isso acontece quando rompe a bolsa e é percebido pela queda dos batimentos cardíacos do pequeno, devido à perda de sangue pela mãe e pelo bebê. É raríssimo acontecer, e uma cesárea de emergência pode salvar a vida da criança. Há risco também em quadros de sofrimento fetal, quando a nutrição e a oxigenação do pequeno são insuficientes. Há mais perigo para filhos de mulheres fumantes, diabéticas, hipertensas e com problemas cardíacos. Outro gatilho pode ser o descolamento precoce da placenta, também mais comum nesse grupo de gestantes e naquelas que sofreram traumas na região da barriga. Um sinal de sofrimento fetal é a presença de mecônio (o cocô que o bebê faz dentro do útero) no líquido amniótico.
O que você pode fazer: é  bom ficar vigilante desde o início do terceiro trimestre. Sangramento, dor na barriga e diminuição na movimentação do bebê por mais de 12 horas são motivos para procurar um hospital. O exame do líquido amniótico e o cardiotocógrafo (aparelho que avalia os batimentos cardíacos do feto) indicarão se está tudo bem com o filhote.
...de morrer no parto
A maioria das complicações que ameaçava a vida das grávidas da geração das nossas avós é hoje contornável. Se o bebê for grande demais ou estiver em uma posição ruim que impeça o parto normal, por exemplo, dá para ver pelo ultrassom e tentar uma manobra na hora do nascimento ou optar pela cesárea. O que merece atenção especial é o risco de eclampsia. A causa não é de todo conhecida, mas os médicos acreditam que ela se manifesta quando o organismo materno ataca a placenta produzindo anticorpos contra ela. O problema pode se instalar a partir da 20a semana de gestação e desencadeia sintomas como hipertensão, retenção de líquidos, inchaço excessivo e alterações hepáticas e renais. É mais frequente entre grávidas com menos de 18 e acima dos 35 anos.
O que você pode fazer: procure imediatamente o obstetra caso note inchaço excessivo em pés, mãos e rosto. Descarte o cigarro, que aumenta o risco de complicações e prejudica a nutrição e a oxigenação da placenta. E, acima de tudo, organize-se para não furar no pré-natal. Se uma pré-eclampsia é diagnosticada cedo, dá para manter o mal sob controle. Agora, se você definitivamente não vive uma situação de risco dessas e, ainda assim, tem um medo exagerado de morrer no parto, a saída pode ser uma terapia. "Dependendo da intensidade dos temores, é o único jeito de restabelecer a calma", diz Eliane.